quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Câmera digital ultrafina reconhece objetos

Pesquisadores da Universidade de Osaka, no Japão, desenvolveram uma câmera ultrafina que pode determinar a distância entre os objetos em cena, além de identificar características de cor e estrutura desses itens registrados. Com essas funções, o equipamento é capaz de reconhecer os objetos focalizados e também de recriar cenas em 3D. Segundo Jun Tanida, o pesquisador responsável pelo sistema, o protótipo chamado Thombo reúne nove pequenas lentes e um software que analisa as cenas reproduzindo a forma utilizada pelos insetos para reconhecer a posição, forma e cor dos objetos. A novidade tem capacidade de 1,1 megapixel e o tamanho de um botão de roupa. “A idéia básica por trás dessa tecnologia é de que múltiplas lentes capturam informações de uma cena de ângulos ligeiramente diferentes, assim como vemos um objeto de formas diferentes”, explica a publicação “Technology Review”, lembrando que a maneira como a pessoa enxerga depende da distância que ela está do objeto. A cor e a forma do que é analisado também têm uma pequena diferença, dependendo de qual olho vê a imagem. “Basicamente, nosso cérebro compara a informação que recebe dos dois olhos, para determinar distâncias, cores e formas”, continua.

Equipamento compara imagens captadas por nove lentes. (Foto: Reprodução)
O software do pesquisador Tanida leva essa forma de reconhecimento aos algoritmos. O programa separa as nove imagens capturadas, remove as sombras, compensa alguma distorção e transforma todos esses dados em uma única imagem. “As diferenças entre as imagens de cada lente podem ser usadas para definir a distância, cor e forma do objeto, permitindo que essa figura seja recriada no formato 3D”, explica o pesquisador. Isso também faz com que o software realize o reconhecimento de objetos, algo que pode ser útil em futuras aplicações. Ainda não há data para comercialização do produto, e o pesquisador reconhece que sua capacidade de 1,1 megapixel deve ser melhorada.

Câmera digital preserva tradição dos índios


O jovem Takumã Kuikuro, parado ao lado de uma câmera sobre um tripé, com o rosto e o corpo pintados, entrevistava o cacique dos nafukuá no meio da aldeia Ipatse, da etnia kuikuro, no Alto Xingu (MT). Também nu e pintado, o chefe revezava o olhar entre a lente e o jovem cineasta, enquanto contava que se arrepiou ao ver os filmes feitos pelos índios. "Ele gostou do filme, achou bonito, e disse que a gente pode levar isso adiante para nossos filhos e netos", afirmou Takumã, 23, traduzindo os comentários do cacique sobre o que viu projetado em um imenso telão, com a ajuda de um gerador, no centro da aldeia na noite de sábado. Takumã é um dos seis jovens realizadores, como se chamam na aldeia os iniciados na arte de filmar, que com suas duas câmeras digitais registravam incansavelmente todos os momentos da festa do lançamento do DVD "Cineastas Indígenas". O evento no final de semana também comemorou a inauguração do centro de documentação da Associação Indígena Kuikuro do Alto Xingu, na aldeia do Parque Indígena do Xingu, que reúne 14 etnias e uma população de cerca de 5 mil indígenas em 27 mil quilômetros quadrados, no Mato Grosso. Ao olhar dos jovens índios não escapavam nem os visitantes brancos, também com suas câmeras de filmar ou fotográficas, e apontavam a filmadora impiedosamente, invertendo o foco, até então centrado só neles. Os curtas-metragens "Imbé Gikegü" ("Cheiro de Pequi", 2006) e "Nguné Eu" ("O Dia em que a Lua Menstruou", 2004), ambos premiados em festivais nacionais e internacionais, foram aplaudidos no sábado por uma platéia de habitantes locais e convidados de outras etnias espalhada pelo chão da parte central da aldeia, circundada por malocas. Os filmes contam, em kuikuro mas com legendas, lendas do seu povo. Na mesma noite, sob um céu estrelado, o público assistiu ao novo trabalho do jornalista e documentarista Washington Novaes, que duas décadas depois de realizar "Xingu, a Terra Mágica", lança uma nova série, "Xingu, a Terra Ameaçada".
Caminhos para preservação O mergulho dos índios na "tecnologia do branco" para documentar suas tradições culturais foi uma demanda do cacique Afukaká Kuikuro, que buscava caminhos para preservar os cantos e as danças que, para ele, estavam ameaçados frente ao desinteresse dos jovens, cujo contato com as cidades próximas e o acesso à TV fez crescer o interesse por estudar e trabalhar fora da aldeia. "Ele falava: 'vocês vão virar índios que não têm cantos, cultura'. Quando cheguei aqui, ele disse para gravar tudo", explicou o antropólogo Carlos Fausto, do Museu Nacional/UFRJ, que fala kuikuro e está envolvido nesse projeto há cerca de oito anos. A partir daí, formou-se a associação e depois uma parceria com a ONG Vídeo nas Aldeias, para ensinar os jovens. "O Xingu foi muito explorado em termos de imagem. E isso é uma inversão dessa assimetria. Toda a aposta é que é possível ter uma relação mais simétrica com a sociedade nacional. Isso passa certamente pela apropriação de conhecimento não-indígena", disse Fausto. “O vídeo é uma linguagem da qual podem se apropriar rapidamente", afirmou, lembrando a importância da oralidade nessa cultura. Cada festa xinguana depende de dezenas, até centenas de cantos e leva-se muito tempo para memorizá-los. "Uma auto-representação por escrito seria um processo muito longo", acrescentou. Para Mari Corrêa, que há 20 anos está ao lado de Vincent Carelli na coordenação do Vídeo nas Aldeias, a tecnologia entra de uma forma transversal e democrática. "Eles têm uma atração por nossas tecnologias e, neste caso, eles conseguem chegar aos mais velhos e há um diálogo que se restabelece entre as gerações."
Coisa de branco Para Piarcumã Ywalapiti, 53, a câmera também ajuda a proteger as comunidades, denunciando os problemas que enfrentam, como invasões de terra, poluição dos rios e construção de hidrelétrica na região. "Vocês não bebem mais água do rio e acham que ela não tem valor, mas a gente sim. Além da água para beber tem o alimento, peixe, tartaruga... espero que essa tecnologia nos ajude", afirmou, enquanto registrava com sua pequena câmera filmadora os passos dos índios e índias que executavam a dança do papagaio no centro da aldeia. Ele conta que em sua aldeia, da etnia ywalapiti, desde o mês passado já conta com duas câmeras digitais. Mas considera que nem toda tecnologia não-indígena faz bem. Apesar de lembrar com orgulho que foi o primeiro índio da região a pisar em uma emissora de TV, Piracumã se preocupa com os efeitos dos aparelhos cada vez mais freqüentes nas aldeias. "Pode mostrar muita coisa boa para criança branca, mas para índio não", disse Piracumã, que em 1963 foi levado por Orlando Villas Boas à TV Tupi para cantar. Para ele, a criança tem que aprender "as coisas do branco para se proteger e manter sua cultura". Maricá Kuikuro, 25 anos e um dos realizadores, lembra que no início ouvia na aldeia que filmar era "coisa de branco". "Hoje em dia não acham mais ruim, porque aprendemos a usar e entendem o trabalho que estamos fazendo, documentando nossa cultura. Agora respeitam", afirmou. O jovem Takumã, que integra o projeto desde 2003 e participou da realização dos dois filmes, já sonha com o novo ofício e não se intimida ao fazer comparações com os "brancos". "A gente filma melhor do que branco, porque conhece a seqüência da nossa história. Os brancos, não. Por isso é importante que o índio faça o filme dele. A gente entende a língua, pode seguir quando estão conversando. Branco bota tudo misturado", disse Takumã, enquanto usava uma pequena toalha para limpar a lente, constantemente coberta pela poeira da aldeia, principalmente na hora das danças. "Não sabia nem fazer filme, agora estou com vontade de fazer filme como branco faz de artes marciais, mas com lutas de nossos guerreiros de antigamente", afirmou Takumã.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Câmera evita 'cola' em testes on-line

Equipamento usa webcam e microfone para gravar ambiente de prova do aluno. Tecnologia pode ajudar a dar credibilidade a cursos na web. O número de estudantes universitários fazendo cursos on-line aumenta cada vez mais, criando um duro dilema para educadores que querem prevenir a cola na hora dos testes. Para resolver esse problema, uma nova tecnologia que coloca uma câmera dentro da casa do estudante pode ser a forma do futuro -– desde que os alunos não achem a interação muito invasiva.
O equipamento, desenvolvido pela companhia Software Secure, é similar em muitos aspectos a outras tecnologias para garantir a segurança em testes -- travando o computador para impedir buscas e incluindo até certificação com impressão digital. Mas a novidade é a incorporação de uma pequena webcam e de um microfone, arrumados para estar onde o estudante faz o exame.
A câmera aponta para uma esfera brilhante, permitindo captura de imagens em 360 graus. Quando a prova começa, o equipamento grava imagens e som, e um software detecta barulhos e movimentos diferentes -– o instrutor do curso pode voltar a gravação para verificar se ocorreu algo anormal, identificando se houve alguma mudança brusca na performance do estudante.
A Universidade de Troy, no Alabama, Estados Unidos, irá começar em breve a utilizar o sistema -– que terá um custo de US$ 125 aos alunos. Os criadores, porém, admitem que a tecnologia está longe de ser a solução perfeita. A idéia ainda precisa passar por uma resistência: alguns alunos podem se sentir intimidados com as gravações, deixando de fazer o curso.
Estima-se que 3,2 milhões de estudantes tiveram aulas on-line em 2005, de acordo com o Consórcio Sloan, grupo de provedores de ensino on-line que estudam questões da área -- segundo o próprio consórcio, os números devem ter crescido hoje. Muitos desses cursos, porém, fazem poucos testes, incluindo alguns dos maiores, como os das Universidades de Phoenix, Capella e Walden. Nas três escolas, a maior parte das avaliações é feita através de trabalhos escritos -– as escolas afirmam que é o melhor método para assessorar seus estudantes, na maior parte adultos que já trabalham.

sábado, 21 de julho de 2007

Brasil produz novo modelo de câmera digital

A Kodak anunciou nesta quarta-feira, 18/07, o segundo modelo de câmera digital da marca a ser fabricado no Brasil. Batizado de C743, ele será produzido na Zona Franca de Manaus e conta com configurações bastante robustas. O equipamento tem resolução de 7,1 megapixel, lente Scneider-KREUZNACH C-Variogon, com zoom óptico de três níveis, display colorido de 2,4 polegadas e memória interna de 32 MB. O dispositivo custará R$ 899, sendo que quem adquirir o produto até o final de ano (ou enquanto durar o estoques) ganhará um cartão de memória de 256 MB.Kodak anuncia serviço de micrositeA Kodak anunciou ainda o lançamento da versão brasileira de seu microsite. Por meio do microsite os usuários podem acessar conteúdo relacionado à fotografia digital. Ele terá à disposição uma coluna intitulada “Coisas legais que você pode fazer” e que abordará assuntos como o compartilhamento de fotografias por meio da tecnologia Bluetooth, edição fotográfica na própria câmera, velocidade do obturados, fotografia noturna e utilização de funções avançadas no próprio equipamento. Os textos serão publicados semanalmente.Os visitantes poderão ainda enviar perguntas e ver as respostas publicadas no site. Novas perguntas e respostas aparecerão diariamente e serão arquivadas em um banco de dados com informações sobre a fotografia digital.

Casio lança câmera digital com resolução de 12,1 megapixels

Novo modelo agrega recursos de detecção da fase e análise do movimento, evitando que as imagens saiam tremidas ou sem foco.
A Casio irá lançar, ainda este mês, uma câmera compacta com resolução de 12,1 megapixels. O modelo ainda incorpora recursos de detecção da face e análise de movimento.O modelo Exilim Zoom EX-Z1200 é o sucessor do EX-Z1050 de 10 megapixels, também da Casio, e é a primeira câmera compacta a oferecer um sensor de 12,1 megapixels.A câmera incorpora o módulo de processamento de imagens Exilim Engine 2.0 com tecnologia de análise de movimento. Estas características previnem que as imagens saiam tremidas ou com pouco foco ao fotografar objetos em movimento. Além disso, as tecnologias de detecção da face e análise de movimento também fazem parte do modelo. Estes recursos permitem que, se o rosto do fotografado estiver em movimento, o foco e a direção sejam mantidos.O modelo EX-Z1200 também possui lentes com zoom óptico de 3x, tela LCD de 2,8 polegadas e velocidade de três cliques por segundo - na configuração de 3 megapixels.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Handycam HDR-CX7


Handycam HDR-CX7 tem 6.1 mega-pixels de definição.Camcorder chega ao mercado em uma semana.
Boa notícia para quem é fã de câmera de vídeo digital mas não gosta nada de carregar peso. A japonesa Sony apresentou nesta terça-feira, em Tóquio, a menor camcorder do mundo.

A Handycam HDR-CX7 tem 6.1 mega-pixels de definição e usa um cartão Memory Stick Pro Duo para guardar os vídeos.

A câmera em alta definição chega ao mercado na semana que vem, no dia 10.

Estoque de câmera digital alerta fabricantes

Empresas japonesas trabalham para reduzir tempo de estoque desses produtos. Produtos armazenados podem ficar obsoletos e causar prejuízos.
Os principais fabricantes de câmeras digitais japoneses aceleram a redução de estoques a fim de evitar quedas de preços e abrir passagem para novos lançamentos, informou a imprensa econômica local. Devido ao curto ciclo de vida das câmeras digitais, os fabricantes japoneses temem que os produtos armazenados fiquem obsoletos e gerem prejuízos ou pouca liquidez, diz o jornal "Nikkei", que cita o caso da Pentax. A empresa introduziu novos modelos de câmeras digitais no final do março, último mês do ano fiscal, aumentando o tempo de duração de seus estoques. Ainda em março, a Olympus conseguiu cortar em 0,4 mês o tempo de armazenamento das câmeras digitais para menos de 1,4 mês, freando assim a queda de preços que afetou os outros fabricantes. A previsão de vendas de câmeras digitais japonesas é de 93,8 milhões de unidades para o ano fiscal em curso -- um aumento de 19% em relação ao ano anterior, segundo as mesmas fontes.